Voto Democrático

Tal como as noticias da crise internacional, as noticias nacionais sobre Bancos, Justiça, Casos de Polícia, Políticos, Suspeitas de Corrupção, etc, etc, etc... sucedem-se a um ritmo vertiginoso.

Esta quarta feira à noite somos brindados com mais desenvolvimentos, no mínimo preocupantes, sobre o caso Freeport. As televisões e os jornais online, com base na Reportagem da Visão desta quinta feira, e segundo documentos a que a investigação jornalística teve acesso, fazem manchetes sobre o possível envolvimento do Primeiro Ministro Português, Engº José Sócrates, ao que tudo indica tendo por base uma Carta Rogatória, enviada pela policia Inglesa para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), onde o Engº José Sócrates é suspeito de ter «solicitado, recebido, ou facilitado o pagamento» no caso do licenciamento do Freeport.
A noticia da Revista Visão vai mais longe ao relatar factos muito precisos, nomeadamente do, já famoso, DVD, onde são escutados um administrador do Freeport e Charles Smith, tendo por este ocasião sido citado o nome do Engo José Sócrates. Conta ainda a revista que esta não é a primeira vez que ele é referenciado pelas autoridades poiliciais Inglesas.
À luz de tudo isto aparece a procuradora Cândida Almeida, supostamente a alegar, que este tipo de provas não podem ser admitidos em Portugal e muito menos se admite que uma força policial estrangeira possa investigar o Primeiro Ministro de Portugal.
Pergunto eu, mas queremos ou não queremos apurar a verdade, doa a quem doer?

No mesmo dia chegam mais noticias, desta vez da cidade da Guarda, sobre os processos de licenciamento urbanistico, onde o mesmo Senhor esteve envolvido, no âmbito da sua actividade profissional enquanto Engenheiro. Segundo um relatório de inquérito, uma vez mais se coloca em causa, prazos record de licenciamento, para processos anteriormente chumbados, alguns deles mais de uma vez.

Será que todos estes factos que agora começam a rebentar ao mesmo tempo, fazem parte de uma cabala contra o Primeiro Ministro José Sócrates, na tentativa do seu assassinato político, ou será que têm realmente algum fundo de verdade?

Eu sinceramente não sei, conforme, seguramente, a maioria dos Portugueses, porém uma coisa é certa é muito fumo para não haver alguma frente de fogo.

É apenas mais um podre nesta política que fede de forma nauseabunda para a grande maioria dos Portugueses que neste momento vivem em grandes dificuldades e assistem de forma impotente a todas estas noticias.

Como não sou defensor de levantamentos populares ou de incitamentos sociais (apesar de neste momento já estar preocupado sobre esta possibilidade), continuo a dizer que isto está nas mãos do povo nas próximas eleições.

Por estas e por outras é que Potugal tem que definitivamente mudar.

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...

Com efeito fomos acordados pela noticia do pedido de insolvência, da casa mãe na Alemanha, da Qimonda, que para nós Portugueses representa(va) "apenas" 5% das exportações nacionais, e 3/4 das exportações de produtos de alta tecnologia, para além de ser a 4ª maior fabricante mundial de memórias.

Falamos de uma unidade com um valor de vendas superior a 1,4 mil milhões de euros no exercicio de 2007, empregando cerca de 2.000 trabalhadores.

Sendo (pelo menos até ontem) a maior fábrica europeia de produtos de memória (montagem e testes), semi condutores (memórias DRAM) para computadores, entre outras utilizações, fácilmente percebemos a importância do que agora está em processo de falência e o que isso representa para a economia nacional e em especial para a economia local da região norte.

Em termos tecnológicos falamos de uma unidade de ponta, que concentra entre outras coisas 3 centros de investigação e desenvolvimento (I&D), capazes de permitirem a produção de componentes de maior valor acrescentado.

A crise global em que estamos mergulhados veio acentuar a queda das encomendas, em especial do seu principal mercado, o Asiático, levando à consequente quebra dos preços, em cerca de 51%.

Pois bem era nesta empresa em dificuldades que o nosso Governo se preparava para injectar (através da Caixa Geral de Depósitos) 100 mihões de euros. Depois de ajudarem empresas a pagar ordenados, que na prática não é mais do que atrasar alguns meses ou semanas o fim de linha, vinham agora dar um balão de soro a uma empresa que já estava condenada e que eu pergunto se os apoios são dados sem se aferir da viabilidade financeira? Faz-se algum estudo economico sobre as empresas? São apoios assumidos apenas tendo em conta o lado emocional?

Todas estas questões me deixam perplexo nomeadamente porque esta seria apenas um entre muitos outros pacotes de ajuda já dados e que na prática se limitam a fazer funcionar durante mais algum tempo, situação que não defende em especial os trabalhadores.

Neste caso deixo uma reflexão, muito minha, que se calhar se estende a muitros outros Portugueses.

• Está demosntrado que estamos perante uma unidade de excepcional importância para Portugal quer ao nível da tecnologia lá produzida, ao que representa em termos de exportação e pelo número de trabalhadores envolvidos, numa região já de si complicada, ainda antes deste episódio.
• Será que o governo, tal como nacionalizou o BPN, com custos para o herário público ainda não contabilizados na totalidade, pois primeiro decidiu-se fazer, depois logo se vê quanto na realidade custa, não poderia ter a mesma postura "empreendedora" em empresas cok esta tipo de importância nacional?
• Será que não seria possivel, em vez de injectar dinheiro a fundo perdido em buracos sem fundo, não poderia promover a compra (quem sabe nacionalizar) deste tipo de empresas, dando-lhes administrações competentes, defendendo os trabalhadores e os respectivos postos de trabalho e continuando a assegurar o contributo dessas empresas, enquanto designio nacional?

Com certeza que este meu, simplista, plano encontrará o riso entre muitos desses senhores politicos, governantes e quiçá senhores do dinheiro, mas a prática é uma coisa simples que a maioria dos Portugueses com certeza preconiza e defende.

Por estas e por outras ideias é que Potugal tem que definitivamente mudar.

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...

Hoje, segundo a SIC, somos confrontados com uma noticia que dá conta que o Banco de Portugal apenas pede uma auditoria externa às contas da SLN (Sociedade que controlava o BPN) a 22 de Julho de 2008, depois da mesma ter sido requerida pelo Dr. Miguel Cadilhe, na altura Director do BPN.

Ainda segundo a SIC, que teve acesso a um documento do Banco de Portugal, esta auditoria só é realmente mandada executar após o Dr. Miguel Cadilhe o ter requerido.

Na Comissão Parlamentar de inquérito ao cas BPN, o Dr, Miguel Cadilhe afirmou que uma das condições por ele impostas para assumir funções no Banco, passariam por uma análise bastante profunda às contas do Grupo.
Por esta altura informou ainda ter tomado posse a 24 de Junho 2008 e que a auditoria da Consultora Deloitte foi por ele adjudicada no dia 11 de Julho, ficando ainda claro que o Banco de Portugal só depois desta data toma providências de mandar executar a referida auditoria.

O Dr. Vitor Constâncio, Governador do Banco de Portugal, manifestou-se muito ofendido com a criticas que o Dr. Miguel Cadilhe lançou sobre a instituição que ele comanda.

Para que estas discrepâncias fiquem devidamente mostradas, antes foi ouvido o antido director do departamento de supervisão do Banco de Portugal, Dr. Carlos Santos, que afirmou terem pedido à consultora Deloitte a auditoria no dia 03 de Junho (em que ficamos foi pedida em 03 de Junho ou a 11 de Julho quando o Dr. Miguel Cadilhe a solicita? - pelos vistos em nenhuma destas...).

Segundo informação da SIC, e na Carta enviada pelo Banco de Portugal ao BPN a que a estação de televisão teve acesso, pode-se ler "(...) o Concelho de Alministração do Banco de Portugal, reunido a 22 de Julho de 2008, deliberou que fosse realizada uma auditoria especial pela Deloitte para apuramento das perdas por imparidades nos activos do grupo SLN (...)", contrariando as declarações que o Dr. Carlos Santos fez em sede de Comissão Parlamentar.

Esta revelação inequivoca por parte da SIC mostra assim que alguém anda a mentir no meio deste processo todo, nomeadamente porque esta carta vem contrariar o que o ex-supervisor afirmou, e que na realidade a mesma é comunicada 11 dias após o pedido do Dr. Miguel Cadilhe.

Isto é tanto ou mais grave quando, fazendo fé no Sr. Governador do Banco de Portugal, Dr. Vitor Constâncio, nada de grave se passa, pouco podiam fazer enquanto reguladores, ficando nós curiosos com a postura e com o que vai hoje dizer em sede de Comissão Parlamentar, mesmo que para falar de Economia Nacional, pela 2ª vez desde que este processo começou, ficando a sensação que esta ainda longe de o mesmo ser concluido, pois estes senhores falam por reacção, tapando e destapando a manta conforme o que sai para o cidadão.

A Audiência será hoje pelas 17h com transmissão no Canal Parlamento.

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...

Finalmente vai estar onde queria, mas se calhar à luz das noticias ao longo dos últimos tempos, deveria ir mas era para outra lado, quem sabe uma sala de 3x3...

Com efeito este Senhor, ex-pobre, ex-político, ex-deputado, ex-ministro, ex-administrador, ex-marido, actual Conselheiro de Estado, goza de um estatuto que lhe permite ir à televisão pública contar a sua versão, onde nada sabia (pasme-se), permite ir ao parlamento ser ouvido para possivelmente uma vez mais dizer que nada sabia (realmente somos todos muito estúpidos) e os tribunais e restantes autoridades que o deveriam ouvir, não o fazem.

Além do caso BPN, seria interessante perguntar e investigar o caso SIRESP (aquele sistema de comunicações que custou uma enormidade de dinheiro ao estado, para ser, supostamente, utilizado pelas forças de segurança, bombeiros, protecção civil, etc...) adjudicado ao universo SLN (Sociedade Lusa de Negócios), já por um governo "demitido" pelo presidente Jorge Sampaio, e que pasme-se uma vez mais, passado este tempo continua sem funcionar.

Devia-se perguntar e investigar o caso OMNI, empresa do mesmo universo e onde o Dr. Dias Loureiro era Administrador e que ganhou um concurso público, de forma duvidosa, denunciada por outra empresa do sector e pasme-se novamente, adjudicada por um Ministério onde este Senhor foi ministro, Administração Interna.

Só com estes casos já podemos entender o que é realmente o compadrio, para não dizer outra palavra, talvez mais adequada, entre o poder politico, as grandes empresas, os bancos, etc...

Agora vem com um ar de Madalena Ofendida dizer que nada sabia, é mesmo gozar com o Cidadão Português.

Para cúmulo a ida à Comissão parlamentar pode possibilitar, como em todos os casos passados envolvendo politicos ou ex-politicos, um claro encobrimento por parte dos seus ex-pares de politica, pois estes senhores protejem-se uns aos outros pois hoje é o Dr. Dias Loureiro, amanhã pode ser alguém mais rosado...

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...

Quando toda a gente continua a falar da malfadada crise, quando o cinto se continua a apertar para imensos Portugueses, quando o Governo continua a ignorar e tentar assobiar para o lado sobre a verdadeira realidade em que nos encontramos mergulhados (ou não fosse ano de eleições), somos diariamente vandalizados por estes Vilões que se chamam Petroliferas e que ao mais pequeno espirro para cima do preço do crude não têm pudor em de imediato fazer refletir, dizem eles a compra dos futuros, no preço por litro a cobrar na Bomba de Gasolina.

Só a GALP, esta semana, já aumentou por duas vezes os preços da Gasolina e do Gasóleo, a BP omo não pode ficar atrás da GALP seguiu-lhe as pisadas, CEPSA e REPSOL já aumentaram uma vez.

Inacreditável que tudo isto se passe, de maneira perfeitamente concertada, qualquer cidadão mais distraído chega a esta conclusão e vem a Autoridade da Concorrência dizer que não senhor, nada se passa ou se pode provar.

Para esta vergonha ficar completa temos o Governo, aqui e ali, de forma ténue e aparentando indignação, através do Ministro Manuel Pinho, vir dizer que não pode ser e que vão estar atentos, para pder tomar medidas caso se justifique...

Pura demagogia para cima do cidadão Português, pois todos nós sabemos que para o governo e para as contas públicas é magnifico pois percentualmente o imposto sobre produtos petroliferos aumenta signitivamente.

Neste momento em que elaboramos este texto o Petróleo está a ser negociado em Londres a
43 dólares, muito longe dos valores já atingidos, e a tendência é de queda.

Onde vai parar esta vergonha, e quando é que o Governo deixa de pactuar com estes Vilões dos Temos Modernos?

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...