Voto Democrático

Cansado da politica e dos políticos? A abstenção tem sido ou pretende ser o seu sentido de voto? Não faça isso, vote em branco...

Nós Portugueses somos por natureza um povo pacato, ordeiro e que normalmente reclama para dentro, onde este Sofá acima apresentado caracteriza a nossa posição ao longo dos anos de Democracia, que tem variado entre o Laranja e o Vermelho (ultimamente até debotou em Rosa...), de espera impávida e serena. O Voto é um direito consagrado na Constituição, que tem sido muito mal utilizado por todos nós. Nas próximas eleições vamos mostrar a todos os partidos, a todos os politicos, ao Sr. Presidente da República, à Assembleia da República e aos seus Deputados por nós, supostamente, eleitos, a nossa indignação e a nossa revolta pelo caminho de perfeita surdez a que a maioria do povo tem sido sujeita. Porque sei de várias conversas com outras pessoas que este sentimento é transversal a grande parte da sociedade, farta de ver Governos e Politicos legitimados com grandes taxas de abstenção, que resolvi dar o meu contributo para que o próximo voto não seja caracterizado pela abstenção, mas sim pelo VOTO em BRANCO, é um direito façamos bom uso dele...






“Nós temos de nos sentirmos envergonhados por estarmos no século XXI, Portugal ser uma democracia, ser um país que, apesar de tudo, está num desenvolvimento acima da média. No entanto, alguns de nós, alguns portugueses sofrem de carência alimentar” conforme o artigo do Jornal Público.

Foram estas as palavras do Sr. Presidente da República, Anibal Cavaco Silva e Ex. Primeiro Ministro de Portugal, no lançamento da Campanha "Direito à Alimentação".

Tudo isto seria normal, vindo de um cidadão Português como eu (já faz algum tempo que me sinto um Portugês Envergonhado) e como vocês que estão a ler este texto, porém não aceito isto vindo de alguêm que por muito que tente passar a imagem de não o ser, é POLITICO. Já foi Primeiro Ministro, numa altura onde muitos milhões entraram em Portugal, com o propósito de desenvolver estruturalmente o país. É Presidente da República, prepara-se para ganhar segundo mandato e tem estado como actor político, interveniente no processo recente da actual Crise.

Será que alguém que durante este processo, se tem limitado a dizer, com pompa e circunstância que avisou os Portugueses e o Governo para a crise e o caminho que se veio e continua a trilhar, tem agora moral para se sentir envergonhado? Não creio.

Se a isto juntarmos o seu conhecimento e experiência de Economista, temos perante nós um político puro e duro.

É lamentável que a solidariedade e "coração grande", conforme o Sr. Presidente referiu na mesma ocasião, sobre sempre para o cidadão Português anónimo e solidário, ao contrário da classe política que se limita a falar, dar ideias, mas actuar que era a sua responsabilidade nem por isso.

Por isso lhe digo Sr. Presidente Anibal Cavaco Silva, eu enquanto Português, já me sinto envergonhado faz algum tempo, mas ao contrário do Senhor não é deste "pequeno país", mas sim da classe política que desde o 25 de Abril nos tem governado e do qual o senhor fez e continua a fazer parte.

Por estas e por outras é que Portugal tem que definitivamente mudar.

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...


Muito já se ouviu, escreveu, comentou, acusou e se defendeu sobre as razões que trouxeram paulatinamente Portugal para a crise em que está mergulhada e da qual não se vislumbra esperança de saída.

Pudemos assistir à mentira descarada a todo o povo português, deste e ainda actual Primeiro Ministro, Eng.º José Sócrates, secundado por outros nomes como Teixeira dos Santos, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão, Francisco Assis, entre outros notáveis deste calvário, que para ganhar eleições em Setembro de 2009, passaram a informação de que tudo estava bem e que tudo tinhamos feito para passarmos ao lado da já apelidada Crise Internacional.

Pura demagogia e os resultados conheceram-se dois meses depois, a Crise Internacional, essa Raíz de todos os nossos problemas tinha chegado.

Pois bem, tudo ficção para "zé povinho" engolir. A Crise é de nossa única responsabilidade e tem décadas de sucessivos governos a governar para ganhar eleições.

A Crise chama-se unicamente JUSTIÇA, este sim é o que faz com que tudo pare, e com que a classe política seja cada vez mais medíocre. A politica é uma função de carreira e poucos são os técnicos (bons e com créditos firmados) que desde alguns anos a esta parte querem intervir e ajudar aos políticos na governação deste nosso país.

Este país, ciclicamente sempre que as ditas "Crises" foram aparecendo ao longo da nossa história democrática recente, teve forma e mecanismos, para não dizer sorte, de sempre conseguir resolver, não de forma consolidada, mas empurrando para a frente, como se costuma dizer, com a barriga.

Ora com a moeda que podíamos desvalorizar, ora com a entrada na CEE, ora com a vinda de milhões em subsídios para desenvolver estruturalmente o nosso país, ora com a entrada no Euro, etc... etc... etc... Tudo o que deveríamos e podíamos ter feito de bom, ignorámos e cedemos à politica populista de distribuição de subsídios a amigos e a grandes empresários (que o digam alguns senhores da área da agricultura), onde as viaturas eram o expoente máximo da imagem das empresas... Uma tristeza.

Isto foi sucedendo, com o povo impávido e sereno a assistir, pois também ele passou a viver em perfeito descontrolo, acima das suas possibilidades, desafiado por instituições que no tempo das "vacas gordas", vomitavam dinheiro, mas que actualmente se puseram fora dessa responsabilidade, tratam de apertar o cinto dos seus outrora bons clientes, salvando assim o pêlo dos seus accionistas, mais uma vez com a conivência e apoio do poder politico.

Voltando à JUSTIÇA, a mesma é controlada por políticos, grupos económicos e interesses de vária ordem, quer nacional quer internacional, e onde a mesma prova dia após dia a sua arbitrariedade, nas acusações, julgamento e condenações neste nosso Portugal.

As verdadeiras reformas na JUSTIÇA nunca foram feitas porque não se consegue, a teia é demasiado longa, emaranhando nela todos quantos se aproximam.

Quem estiver por bem, normalmente não serve, pois não acede aos clientes crónicos e habituais de tais expedientes. Políticos redigem leis, aprovam leis e fazem crumprir leis, em causa própria, para si e para os seus, onde está a DEMOCRACIA e as Liberdades e Garantias do comum do cidadão? Azar, não está...

Depois da JUSTIÇA, tudo o resto falha, os governantes, os políticos a economia e toda a restante sociedade que vai andando conforme a música que a Justiça toca.

Dou um exemplo, economicamente muitas coisas estão erradas e assim têm vindo e vão continuar por muitos anos.

  • Pensões milionárias (não vai haver forma de evitar o crash do sistema de pensões)
  • Subvensões vitalícias para algumas classes, entre elas a política (juiz em causa própria)
  • Institutos, Fundações, Empresas Municipais, entre outros, sem qualquer razão de existir, que não dar guarida e ex políticos e amigos do sistema, onde normalmente bons técnicos não existem pois não é esse o propósito;
  • Empresas Públicas ou participadas onde os seus directores, administradores e afins, são sempre os mesmos, ex governantes, políticos e demais "amigos" do clientelismo, parecendo vindos de uma qualquer Bolsa de Colocação, tipo a do Ministério da Educação no caso dos Professores... Para quase sempre levar à desmotivação dos técnicos lá existentes, que lá desenvolveram a sua carreira e se vêm privados de ascender depois ao topo porque aparecem os paraquedistas politicos para ficarem com o filet mignon da Direcção;
  • E assim podíamos continuar indefenidamente, mas estes já chegam...
Pois bem, agora se alguém souber responder que e diga, qual foi o Governo, Primeiro Ministro ou mesmo Ministro das Finanças que quis ou pôde alterar este estado de coisas?

Não se cansem, nenhum. Vão de vez em quando falando, alterando aqui e ali, mas estruturalmente tudo fica na mesma. Tudo isto pode ser colado à Economia, mas se lhes disser que deriva da JUSTIÇA, acreditam? Não? Então eu provo porquê.

Todos sabemos que em Portugal temos bons Economistas, bons técnicos, capazes de chegar ao governo e fazer aquilo que precisa ser feito, reformar de A a Z o sistema, e muitos deles sabem com precisão como o fazer.

Até aqui tudo fácil, mas pergunta-se e porque não é feito? Aqui entra novamente a malfadada JUSTIÇA. Quem no seu perfeito juízo, Economista reputado e idóneo na sua vida profissional e pessoal, com carreira imaculada, aceita ir para um governo, com a missão de alterar e reformar em definitivo este estado de coisas? NINGUÉM.

Ao primeiro movimento para alterar este estado de coisas, ao começar a mexer na teia dos interesses, do clientelismo, dos grupos económicos, com incidência para as Grandes Empresas e Banca em Geral, eis senão quando surgirá uma qualquer acusação, nos media claro, ainda sem grandes certezas, mas tal precisão de bisturi capaz de na praça pública queimar o até ali imaculado profissional e cidadão. Acusação, processo em tribunal, e imediata demissão claro. Verifica-se que após algum tempo, meses ou poucos anos, afinal o processo é arquivado, sem provas ou fundamentos, mas a JUSTIÇA já funcionou e trabalhou bem para os interessados em tudo ficar como está.

Gostava que alguém com responsabilidade conseguisse provar, não só a mim mas a muitos Portugueses, que na realidade não é nada disto e nós, povo, é que estamos enganados.

A Crise existe, porque nunca nos preparámos para a eventualidade de o estado de graça desaparecer, de enquanto país periférico, não estarmos dependentes de tudo do exterior (agricultura, pescas, indústria, etc...). Se um dia os "nossos irmãos Espanhóis" nos isolarem do resto da Europa, depois vamos comer pedras, terra e beber água do mar.

Para quem no passado era dono do Mundo, assinava Tratados para a divisão desse mesmo Mundo, descobriu terras lá longe, dobrou cabos e tormentas, é triste observar e sentir ao que chegámos em termos de País e Nação, talvez valente, mas de todo imortal.

O prémio para aqueles que nos trouxeram até aqui, está sempre no exterior e exemplos não nos faltam...

"As pessoas precisam de entender que estão a ser burladas.
O País não pode continuar a ser dirigido por trafulhas..."
(Dr. Medina Carreira)


Por estas e por outras é que Portugal tem que definitivamente mudar.

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...

Depois de algum tempo (muito) desaparecido, e após muitas peripécias que conduziram o nosso país até à situação em que se encontra, este espaço decide voltar e desta vez para por cá ficar, dando voz ao pais real, a todos quantos pensam, comentam dentro da sua casa, com os seus amigos, mas depois não conseguem fazer chegar a sua voz, muitas vezes de revolta, longe...

Portugal aproxima-se de períodos eleitorais, por isso o Voto Democrático volta ainda com mais vontade de apelar a que se vote massivamente em BRANCO nos próximos actos eleitorais e assim mostrar o descontentamento à classe politica de A a Z...

Colabore, escreva, participe, comente, este espaço é de todos os Portugueses, a residir em Portugal ou não, que tenham vontade, através de uma Cidadania participada e educada, ajudar a levantar este nosso Portugal.

Por estas e por outras é que Portugal tem que definitivamente mudar.

Por isto vá votar e VOTE EM BRANCO...


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